domingo, 23 de janeiro de 2011

O futuro da humanidade...

Foi tudo muito rápido...em dez anos a tecnologia desenvolveu uma gama de aparelhos que passaram a ser facilmente acessíveis e q emitem uma poluição eletromagnética sem precedentes...uma poluição invisível.
Qdo estagiei no MPSP acompanhava um inquérito sobre tal poluição. Eram volumes infindáveis, assim como seus estudos inconclusivos. Não tinha celular naquela época, relutava e não queria ter. Tive meu primeiro aparelho em 2004, quando me mudei de cidade e não tinha linha rede fixa disponível no local onde morava. Hoje, claro, tenho. Mas não vou dizer que não vivo sem. É que é meio chato ser diferente demais, e, sem dúvida, eu seria diferente demais se não tivesse o raio (literalmente) do aparelho e teria de dar explicações. Apesar de que isso nunca me incomodou, mas, enfim...já são tantas as explicações que me cobram por eu ser tão...assim...as pessoas ficam curiosas, eu entendo. Mas de fato, eu não tenho mais esperança de que fará diferença na minha vida não ter um aparelho. Os raios eletromagnéticos passarão aos bilhares pelo meu corpo, ainda que eu não faça uso de um aparelho!! Pois bem, hoje está uma tempestade de raios absolutamente bizarra aqui na cidade grande, SP. Ontem foi a mesma coisa. Eu tenho medo, não gosto. E eu acho, acho não, tenho certeza, é algo sabido que o excesso de torres de transmissão propiciam a incidência maior de raios.
Mas não era nem isso que eu queria dizer, é tanto a ser dito!
As tempestades estão piores a cada ano. Inegável. É tolice negar-se a reconhecer isso. É perda de tempo fixar-se nesse fato. Meu Deus, mantenha-me no meio...
Nunca quis tanto ter super poderes. A humanidade está no fim! Estamos nos matando! Ou estamos sendo mortos. Todos vão morrer um dia, a vida é finita, mas o que está acontecendo é um épico! Estamos vivenciando um momento crucial. Eu fico confusa...o que devo fazer? Qual é minha missão no meio disso tudo? Devo levar a ferro e fogo, ou posso buscar alimentar sonhos comuns, como ter filhos? É correto/justo/certo/racional/altruísta chamar uma alma para este mundo neste momento? Oh, a dádiva e a maldição da ultrarreflexão...Santa Futilidade, olhai por mim. Santa Superficialidade, olhai por mim. Santo Consumismo, me consuma, amém.

Patife?

Depois do Pet houve apenas um que mexeu com meu coração...Ele surgiu quando eu ainda não estava desligada do meu grande amor, e devagar conseguiu o que queria...me conquistou.
Rs...poderia escrever um livro sobre tudo o que se passou e, principalmente, sobre o que não se passou. Acabou da pior forma. Eu com ódio, desejando que ele morresse. Morrendo de dor, humilhada, no chão. Dor de cotovelo é pra quem tem...fica a questão, o que raios esse infeliz queria comigo? Pq me iludir tanto tempo, dizendo de amor e de resto da vida ao meu lado...e outra questão: como eu, patife, acreditei?? td bem, ele era opressor, dominador, sedutor e tudo mais, mas...não me enrolou por pouco tempo...enfim, eu tentava escapar, eu tentei milhares de vezes, eu propunha amizade qdo ele dizia não conseguir ficar longe de mim, ele não aceitava...mas eu poderia ter sido menos patife...
No ano novo fiquei conversando com a mãe de uma amiga...ela se questionava sobre o motivo de haver, na sua comunidade religiosa de assistência aos carentes, uma garota, que desde cirança recebia ajuda deles e que, hoje, adolescente, só mostra que nada aprendeu, que nada evoluiu.
Eu também me perdi muito tempo tentando entender qual foi a função desse garoto inconsequente na minha vida...ele ficou muito tempo presente...9 anos, muito tempo...para que?
Nunca me acrescentou nada, nunca me deu nada...só tirou....tirou minha dedicação, meus carinhos e minha paz.
Desisti de entender a função "dele" especificamente.
Conclui que nem tudo faz sentido e que as vezes perdemos tempo mesmo. Como verdadeiros patifes na mão de egoístas inescrupulosos.

sábado, 22 de janeiro de 2011

PBVH 2001

Duas e meia da manhã numa balada com uma galera q não conhecia bem, dançando no meio da pista certa de q alquele dia não ficaria com ninguém, ele chegou. Senti vertigem, meus sentidos ficaram confusos, fiquei surda por um instante e tudo em volta dele estava embaçado; ele, reluzente. Chegou com um cara q estava com a galera q eu estava, reagi apenas perguntando quem ele era, a pergunta percorreu a roda e em quinze minutos nos beijavamos no meio do salão sem antes disso dizer uma só palavra. Fomos pra casa, ele viu o piano imediatamente sentou e tocou a música q eu melhor tocava, sem saber disso, tocou e cantou. Passamos dois meses juntos de indescritível êxtase, como se todo esse tempo eu só inspirasse o ar de um profundo suspiro de encanto. Tinha a absoluta certeza de q tinha reencontrado algúem. Coisas aconteceram, me apavorei, fui imatura, precipitada e escrevi uma carta onde falava sobre os problemas q havia percebido nele, era uma carta de amor, mas o despi completamente sem nenhum tato e ele teve uma convulsão após ler a carta. e acabou. ainda depois disso conversamos durante alguns meses, ele voltou com uma ex-namorada, e nos vimos apenas duas vezes, e ele me olhava com vergonha. Ainda hj, as vezes, olho no espelho e vejo seu rosto. Ele está casado (naõ com a ex namorada, com outra), feliz, e estou feliz por isso. Eu senti a força de um reencontro, e sou feliz por isso. Tem gente q morre sem sentir essa magia. Na próxima vida farei diferente, farei tudo certo, estou me aprimorando pra isso, pra ele.

me, myself and I - a piece of it

eu sou a pessoa mais feliz do mundo pela infância de conto de fadas q tive, pelo estímulo sem fim q vinha dos meus pais amorosos e inteligentíssimos e meus irmãos inteligentíssimos e amorosos, sou aquele quintal enorme delicioso com aquela grama maravilhosa, sou uma criança q cantava músicas inteiras, de várias bandas dos anos 80, sou a atração, sou o amor e cuidado da dir, sou o cuidado e amor da tia rosa, sou a criação e o orgulho dos meus irmãos, sou uma criança de 8 anos q chegava da escola e ia meditar debaixo da árvore de ariticum, pq tinha ouvido falar q um tal de buda tinha se iluminado assim, debaixo da árvore... sou esse ritual de criança q tinha direito ao mestre "aebi" e às flores de maria sem vergonha pregadas na parede q representavam cada dia meditado... meditação q era o meu raro silêncio, só com o barulho dos pássaros e do vento nas folhas das árvores e a gratidão por td aquilo, sou as flores na parede q eram impermanentes...como tudo...sou o pequeno príncipe, o b-16, a rosa, a cobra, o gato de botas, sou a alice no país das maravilhas...sou a reflexão pra minha mãe..."mãe, o inferno é aqui!" sou a resposta dela "não...aqui também é o céu!"...sou as festinhas de aniversário em casa, e aquele tombo gigantesco de bicicleta...sou o playcenter o dia todo com a conga no fim e o hollyday on ice dormindo....sou a saída de são paulo e...nossa! já chegamos na praça são pedro!sou a paixão pelo robbie do menudo e o delírio de poder ser congelada pra poder casar com o tom cruise daquele filme cocktail, sou o cometa na casa do seu koti, sou os palitos de sorvete disputados a tapa com o klaus, sou itapema...sou itapema...sou a beleza e o charme da minha mãe...sou o despojamento e simpatia do meu pai... sou meu cachorro de pelúcia q falava comigo, sou o lobisomem q ficava na janela qdo eu tomava banho...sou as histórias do tio cido, as revistas de sacanagem do meu irmão, sou dirty dancing! sou curtindo a vida adoidado! sou as imagens lindas e instigantes vistas de dentro do carro durante as viagens...sou o cheiro de chuva, a terra molhada, as comidinhas de brincadeira, o suco de folha roxa, sou as nuvens e suas formas variadas, sou a adolescência...com todo seu frescor e encanto, com praia limpa, muito banho de mar, descobertas, sem orkut, com caderno de especula, sem email, com a troca maravilhosa de centenas de cartas pelo correio com amigas lindas q tenho até hj, sou os riscos de campinas, quantos riscos...
sou o morro do boi, o morro do cabeço, os fins de tardes de céu indescritível, os nasceres da lua, dali, ou da fazendinha sou a yoga após a bike pela areia, sou o céu de azul profundo após estender as roupas...sou um pouco de todos e tudo q vivi, sou o q vivi de bom. é só isso q permanece em mim, enqto permaneço. quem sabe sabe o q eu já passei, q nem td foi azul e q os piores pesadelos tornaram-se realidade na minha vida...só q a florzinha na parede seca e cái, mas a intenção, sinceridade, prazer, fé, esperança, pureza existirão para sempre, para serem colhidas na forma de outras flores. e pedras/dores/espinhos no caminho? ah, essas "passarão, eu passarinho..."